10/18/2009

Button... campeão com muita justiça!!!

Inglês viu... e venceu...

- E deu a lógica do campeonato no desempate dos bons desempenhos. Explico, antes de falar dessa corrida estranha e boa em Interlagos na tarde deste domingo.

- Após viver o fundo do poço, a equipe de Ross Brawn, que já foi da Honda, conheceu o campeonato dos sonhos em sua "temporada de estréia", entre aspas pois o time em si é o mesmo que disputou os últimos campeonatos sob a bandeira da montadora nipônica. Logo de cara já se percebeu que o campeão sairia da dupla Rubens/Jenson.

- E, se é que e possível, os dois conseguiram dividir o campeonato em duas partes distintas entre si. O primeiro tempo, de Button, e o segundo, de Barrichello. No "primeiro tempo" o inglês foi soberbo, conquistando todas as vitórias que lhe eram possíveis enquanto Barrichello pontuava para tentar seguí-lo, algo que nem sempre conseguia pois chegou até mesmo a ser quarto colocado na tabela em determinado momento.

- Pois no "segundo turno" a coisa virou. O brasileiro se adaptou melhor ao problema que enfrentava com os freios traseiros e com isso conseguiu virar o jogo para cima de Button. Não que tenha sido soberbo, e nem havia como pois a Brawn já não dominava como antes, mas foi bem melhor que o companheiro/rival. De qualquer forma a matemática e também o desempenho jogaram a seu favor, tanto que Rubens reconquistou o sgeundo lugar na tabela e chegou à penúltima etapa em condições ainda de conquistar o título.

- Uma vitória de Barrichello em Interlagos somada à não pontuação de Button os colocariam em condições de quase iguais, e algo teria de ser usado para que o título pudesse ficar em boas mãos, ou seja, de um campeão que conquistasse a taça com justiça. E foi o que aconteceu.

- Enquanto que no início do ano Barrichello não conseguiu uma ótima atuação, melhor que a de Button por exemplo, o inglês atingiu esse objetivo agora no final. No período de domínio de Rubens ele fez uma de suas melhores corridas no ano, indo para cima dos rivais, conseguindo ultrapassagens, dividindo curvas, apertando o ritmo e se defendendo das investidas de rivais que, em algum momento, eram mais rápidos que ele.

- A corrida de Button hoje em Interlagos foi espetacular, e se somou às suas vitórias no ano para que ele pudesse ser bradado como o justo campeão de 2009. Correr como ele correu hoje, na decisão do título foi algo para entrar para a história de Interlagos mais uma vez. Interlagos que viu Alonso campeão em 2005 em vitória de Montoya, em 2006 com a primeira vitória de Felipe Massa em casa, de Raikkonen em 2007 quando ele saiu de terceiro colocado para campeão e de Hamilton em 2008 literalmente na última curva. Que sina desse autódromo que esta se tornando a Suzuka dos tempos modernos, proporcionando as última 5 decisões de título.

- Barrichello por sua vez, após momento espetacular quando conquistou a pole nesse sábado, sai de Interlagos com a moral renovada. O recordista de corridas na categoria reconquistou o respeito de boa parte do público brasileiro, que injustamente o criticou por tanto tempo. Após a prova as arquibancadas parabenizavam Button e agradeciam Barrichello, muitos em tom de desculpas por duvidas anteriores. Ele teve a oportunidade de mostrar seu valor e o fez.

- Jamais cairia no chavão de dizer que ambos são vencedores na temporada pois só há um campeão, e esse é Button, mas ambos conquistaram vitórias distintas em suas carreiras e, como vinha ressaltando Rubens nos últimos dias, em suas vidas particulares.

- Pode parecer piegas a lição de Rubens Barrichello, mas é válida... ele diz que nunca se deve desistir de algo que se deseja e, mesmo quando você viver o fundo do poço é preciso batalhar e trabalhar, sem abaixar a cabeça pois as coisas conspiram a nosso favor. E ele provou que esse chavão é verdadeiro. Não acabou ainda, mas já é possível dizer que esse foi um belo campeonato.

Universo conspirando

Tempo abre e, depois do caos do sábado, corrida deve ser normal...


- Quando a Fórmula-1 chegou à São Paulo para a penultima prova do ano, as impressões eram de que o campeonato estava decidido à favor de Button. O que Barrichello e Vettel torciam era para que algo de muito diferente acontecesse para que Button eventualmente tivesse algum tipo de problema. E a chuva era boa para Vettel, não para Barrichello.

- No fim das contas o mau tempo chegou e o treino de classificação foi um dos mais confusos da história da categoria. Dessa forma, como é normal nessas condições, o diferente aconteceu. Barrichello sai na pole com Vettel e Button lá atrás. A chuva foi boa para o piloto da casa.

- Para a corrida a chuva poderia se tornar um problema. Não que o brasileiro não guie bem na chuva, muito pelo contrário, mas seu carro notadamente não rende tão bem quanto os rivais nessas condições. O ideal para um grid como esse seria tempo bom e uma corrida com menos possibilidade de acidentes ou Safety Car. Mas como torcer por tempo bom depois de um final de semana tão confuso?

- Eis que hoje, pouco antes das 8 da manhã o Sol apareceu. O dia amanheceu chuvoso e feio, embora não prometesse chuva forte. Neste exato momento o Sol toma conta das zonas oeste e sul de São Paulo. Não é que o improvável aconteceu? E segundo as imagens de satélite que você pode ver acima não deve chover mais pois as nuvens estão se dirigindo para oeste, rumo ao Oceano Atlântico. Essa imagem foi feita as 3 da manhã e essas nuvens de chuva já passaram pela cidade, na garoa que relatei acima.

- Parece que as coisas conspiram a favor de Rubens neste final de campeonato. Já da para dizer que o título, seja nas mãos de Button ou Barrichello, está em boas mãos. Ambos fizeram um excelente campeonato. O inglês na primeira, e o brasileiro na segunda metade do certame.

- Desde 2005 o campeonato mundial de Fórmula-1 tem uma característica, que é a decisão acontecer em Interlagos. Mas outro detalhe vem se repetindo desde 2006, que é muita emoção nas decisões que vem acontecendo sempre na última etapa. Que assim seja mais uma vez.

10/17/2009

Pro inglês ver

Barrichello assinala pole histórica em Interlagos...

- Foi antes de mais nada dramático. Nesse Grande Prêmio, o do Brasil, que mostrou mais uma vez a vocação fatos históricos, o treino de classificação foi o maior da história da Fórmula-1. Começou as 14 horas e terminou 16:40, tudo por causa da chuva pitoresca de época de GP.

- E nesse meio tempo a chuva foi colocando os aspirantes à título na condição de protagonistas de um drama.

- O primeiro foi Vettel que, no Q1, não conseguiu se classificar entre os 15. Com a primeira bandeira da vermelha da sessão, após rodada de Fisichella, ele ficou um bom tempo com o primeiro tempo. Porém, quando os pilotos voltaram à pista, após uma longa parada devido à chuva, ele não conseguiu melhorar, enquanto todos o fizeram com pista úmida e ele só teve chance de fazer quando novamente a pista molhou. Ele larga amanhã em 16º, 2 posições à frente do atual campeão Hamilton, que também teve o mesmo tipo de problema.

- O Q2 foi a sessão que possibilitou mais possibilidade de mistura de sensações acerca do treino. Ansiedade, tédio, tensão e também falta do que se fazer. Com pouco mais de 2 minutos do início, Vitantonio Liuzzi bateu forte no final da reta dos boxes após perder o controle em plena reta, tudo para se ter uma noção de como estava a pista. O resultado foi mais uma bandeira vermelha, a mais demorada dos últimos anos.

- Por muitas e muitas vezes o carro de segurança foi checar as condições de pista e, quando todos pediam aos céus para que a chuva diminuísse e o trein o pudesse ser reiniciado, eis que a FIA emitia o comunicado de que novas vistorias seriam feitas. Após as 16:10 locais, o treino foi enfim reiniciado com boas condições de pista e o drama para outro postulante ao título começou.

- En quanto alguns pilotos arriscaram pneus para chuva intermediária, Barrichello e Button continuaram com pneus para chuva, pois a primeira volta dos rivais não foi boa. O resultado é que no final ambos não conseguiam melhorar os tempos que haviam obtido enquanto os outros progrediam. Button não conseguiu passar do 14º posto para a largada e Barrichello bateu na trave com o 10º lugar.

- À essa altura, a torcida brasileira no autódromo e fora dele já se dava por satisfeita com o resultado, mesmo que Barrichello viesse largar em 10º. Mas ele foi além disso. Contrariando as expectativas que apontavam Webber e Rosberg como favoritos à pole, ele foi para cima, com um pouco menos de combustível que os rivais, e se colocou entre os primeiros.

- Por 3 vezes ele esteve em 1º lugar e foi superado por Trulli, Kubica, Raikkonen e Rosberg. No final, o tempo de 1:19:576 não pôde mais ser batido e ele conquistou a 1ª pole-position do ano, embora tenha largado 9 vezes à frente de seu companheiro contra apenas 7 de Button.

- O resultado pode ser classificado como uma bomba psicológica para cima de seu companheiro que vem sentindo a pressão da crescente de Rubens na segunda metade da temporada. A cobrança existe, é grande e ele não conseguiu mais uma vez se livrar dela.

- Após o final, Rubens saiu de seu carro sem parecer acreditar no que estava acontecendo e afirmando esperar que estivesse mais leve, porém não muito, que seus rivais nas primeiras colocações (Webber, o 2º e Sutil, o 3º). E é exatamente a realidade que será enfrentada por eles. Barrichello parte com 650 quilos, é o mais leve no grid, mas Webber e Sutil partem com 656 e não devem ficar na pista mais do que 2 voltas além do brasileiro que briga pelo título.

- Bonito demais ver a reação da torcida em Interlagos. Não querendo ser ufanista ou destilar todo um brasileirismo exacerbado que eu sequer tenho, mas em nenhum lugar do mu ndo se pode ver um piloto marcando o primeiro tempo e a torcida reagindo como se fosse um gol. E para um treino emocionante como esse, com tantas bandeiras vermelhas, com tantas trocas de posição entre os primeiros colocados no momento decisivo esse é um ingrediente que faz uma diferença grande em prol da beleza do espetáculo. Fica mais bonito ainda quando o piloto pelo qual a torcida torce, consegue retribuir na pista com a primeira colocação. O resultado de tudo isso é que hoje foi sim um dia histórico em Interlagos.

- Amanhã a grande estratégia é aproveitar que tem o carro mais leve que Webber e Sutil e acelerar muito nas primeiras voltas para abrir uma vantagem cômoda que o permita brigar para manter a liderança e posteriormente vencer a prova torcendo para que Button não pontue. Sera o resultado ideal também para a emoção da disputa pelo campeonato. A estratégia é essa em caso de chuva ou de Sol, a diferença é que com pista molhada tudo pode acontecer e seu companheiro pode voltar à zona de pontos.

- Seus grandes rivais seriam Webber, Rosberg e Raikkonen, mas com o finlandês tendo ficado em 5º e o alemão em 7º, eu acredito que cabe apenas ao australiano impedir a primeira vitória de Rubens no Brasil. Ou então os seu próprio histórico, mas, por enquanto, seu companheiro, o inglês Jenson Button, está vendo que ser campeão do mundo não é tão fácil como lhe parecia no início da temporada.

10/13/2009

Barrichello não diz nada

Sem compromisso com notícia, o "Mundo Veloz" pode admitir que achou a entrevista de hoje "sem sal"...


- Hoje em São Paulo aconteceu a primeira entrevista coletiva de Rubens Barrichello referente ao Grande Prêmio do Brasil de 2009, onde ele será o único brasileiro na pista na primeira ocasião que isso acontece desde 1978.

- Reafirmando viver o melhor momento de sua carreira, Barrichello fez questão mais uma vez de desmentir o iminente acordo com a Williams para a próxima temporada. Preferiu dizer que a Brawn ainda está na jogada e que uma surpresa também pode surgir. Vale lembrar que o site Grande Prêmio e a Rede Globo já confirmam a informação.

- O que ele quer é um carro competivivo, algo que ele acredita que a Brawn até pode lhe oferecer, pois com o comando de Ross Brawn a equipe ainda pode vencer corridas por muito tempo.

- A verdade é que todos querem saber sobre seu futuro. Mesmo podendo vencer pela primeira vez sua prova caseira, ele não foi muito indagado sobre o assunto, embora tenha afirmado que a possibilidade de receber a bandeirada de Felipe Massa o deixa muito ansioso.

- Sem o tipo de declaração que a imprensa queria, ficou complicado extrair algo mais interessante da coletiva. Adrian Sutil pouco falou também e assim a entrevista decorreu... sem sustos.

- Os destaques positivos e negativos ficam para a turma do humor. Danilo Gentilli do CQC abriu com uma pergunta sem graça, que envolveu o acidente de Felipe Massa na piada. Já o pessoal do "Pânico na TV", com Alfinete, Sabrina Sato e Zina, foram mais divertidos e entregaram uma camisa do Sub-20 da Xurupita, o time de várzea paulistano que recebe apoio do programa.

- Rubens Barrichello, de forma diferente à outros momentos em que foi alvo de brincadeiras, recebeu a camisa alegremente. Como Zina e Sabrina foram impedidos de ir até o palco fazer a entrega o brasileiro veio até a platéia pare receber o presente, de forma bem espirituosa. Na sequência, ao responder outra pergunta, afirmou que não usa cuecas debaixo do macacão como forma de superstição, por não acreditar.

- E esse é o grande destaque da entrevista de hoje. O espírito de Rubens é outro. Hoje é mais fácil entender porque ele diz que essa temporada o ensinou a acreditar em seus sonhos e melhorar em diversas áreas de sua vida, até como pai. E tudo porque ele conseguiu dar a volta por cima após praticamente deixar a categoria pela porta de tráz e agora vive a melhor temporada de sua carreira. Não é que ele queira ser repetitivo, ele simplesmente exala esse alto astral a todo momento. Bom para ele, afinal estamos nesse planeta para gozar a vida.

10/12/2009

Domingo de novidades na Fórmula-1

Massa não volta em 2009, Glock não corre em Interlagos e Barrichello vai mesmo para a Williams?


- Faltando exatamente uma semana para o Grande Prêmio do Brasil, a Fórmula-1 nos reservou algumas novidades.

- A primeira delas é a confirmação de que Felipe Massa não corre mais mesmo em 2009. Em Interlagos ele dará a bandeirada para o vencedor e em Abu-Dhabi ele apenas assistirá a prova. A idéia da Ferrari visa a total recuperação do brasileiro, que foi acertado por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello na Hungria e teve de passar por duas cirurgias.

- É um problema para o piloto da Ferrari, que no ano que vem terá como companheiro o forte Fernando Alonso, ou seja, esse tempo seria crucial para que ele se reambientasse ao carro da categoria. Vale lembrar que na pré e pós-temporada, apenas um carro pode ser usado nas sessões de testes e a equipe não deve estar pensando em priviliagiá-lo em detrimento ao bicampeão que acaba de chegar ao time. Situação diferente seria vista apenas caso Raikkonen continuasse no time.

- Amanhã porém, ele fará testes com uma F-2007 adaptada aos pneus da GP-2. E muitas vezes ele ainda deve andar nesse carro até o ano que vem.

- A segunda novidade é sobre a segunda vítima que a Fórmula-1 faz nesta temporada. Depois de Felipe Massa, o alemão Timo Glock também perde uma corrida por motivos médicos. Após o forte acidente sofrido pelo piloto no treino classificatório para o Grande Prêmio do Japão, a Toyota confirmou que ele não participa do Grande Prêmio do Brasil por ter fraturado uma vértebra. Seu substituto será o japonês Kamui Kobayashi.

- Acho difícil que, após uma contusão dessa gravidade, ele volte a tempo para a prova final de temporada, duas semanas depois da corrida brasileira. Com isso, e também por ter sido descartado pela equipe para a próxima temporada, pode-se dizer que sua carreira na principal categoria do automobilismo também está posta em xeque. Ele não tem lugar para a próxima temporada e, mesmo com a demanda de novos times, ninguém manifestou interesse real por ele. Não seria a primeira vez em sua carreira que ele seria deixado de lado pela Fórmula-1.

- É até irônico. Após se transformar em protagonista do Grande Prêmio do Brasil no ano passado, quando seu baixo rendimento tirou o título de Felipe Massa, eis que nem Glock, nem o piloto da Ferrari participam da prova de Interlagos. O mundo da algumas voltas estranhas, prin cipalmente na Fórmula-1.

- A terceira novidade envolve outro brasileiro, o postulante ao título da temporada: Rubens Barrichello. Segundo o site Grande Prêmio ele já teria assinado seu contrato com a equipe inglesa desde o Grande Prêmio da Itália, e o anúncio seria feito na próxima semana, durante a etapa brasileira. Sua assessoria de imprensa tratou de desmentir a informação ao site Tazio dizendo que ele está focado no final da temporada e embora converse com a Williams, outros times ainda estão na jogada, incluindo a própria Brawn, da qual ele faz parte.

- Já Luciano Burti repassou a informação no Fantástico, da TV Globo, que disse que uma fonte ligada à equipe o confirmou que ele assinou por 1 ano, com direito à renovação por mais 1. Como adendo ele ainda afirmou que os motores que serão utilizado pelo time serão os Cosworth e não os Renault.

- História difícil de se confirmar e, embora eu tenha um carinho muito grande pela Williams, posso negar sem dor na consciência que é um passo atrás na carreira de Barrichello (não seria o primeiro). Esse anúncio vem com atraso de 6 anos, pois ele poderia ter assinado com o time em 2003. Na ocasião a equipe brigou pelo título até o final do campeonato com Juan Pablo Montoya mas a proposta financeira da Ferrari foi maior e ele continuou em Maranello.

- Hoje o time de Frank Williams vive situação complicada. Embora ele seja provavelmente o líder do time, que terá como seu companheiro o alemão Nico Hulkenberg, campeão da GP2 em 2009, e tenha capacidade suficiente para fazer evoluir ainda mais o carro da equipe. Os motores Cosworth provavelmente reaparecerão com força na Fórmula-1 e essa é também uma boa chance de bons resultados. Já o título... aí o buraco é mais embaixo.

- De qualquer forma também fica a pergunta: Será que a Brawn continua tão poderosa em 2010?

10/10/2009

Aí o bicho pega

Red Bulletin, como já é de costume, mais uma vez pega no pé do Brasil...


- É o país do futuro, é o país amado pelos jornais europeus, é o país da Copa do Mundo e das Olimpiadas, é o país do Lula (elogiado lá fora), mas nossos problemas sociais ainda parecem evidentes aos olhos dos gringos. É o que indica a edição brasileira do "Red Bulletin" de 2009.

- Antes de mais nada é necessário dizer que o "Red Bulletin" é uma publicação da Red Bull que trata de forma amistosa e caricata o país sede de cada corrida do mundial de Fórmula-1. Uma edição 100% brasileira já circulou no circo da Stock Car também. O objetivo, nem sempre atingido, é ser engraçado. Mas é necessário também lembrar que o espírito é sempre de brincadeira.

- De qualquer forma é impossível negar que os velhos estereótipos brasileiros ainda estão em pauta, mesmo em um momento onde o Brasil é tido como um país um pouco mais "pop" no cenário mundial.

- Não fosse assim e comentários do tipo "devo parar no sinal vermelho?" e "é uma mulher de verdade?" não seriam proferidos na publicação. Mas para manter o tom bem-humorado os caras do "Red Bulletin" não se esqueceram de perguntar se "minha mulher vai acreditar que esse fio dental usado é um presente para ela?" e "gostaria de beber a oitava caipirinha?", coisas que geralmente deixam os estrangeiros malucos ao chegarem em terras tupiniquins.

- O título da brincadeira é "Brasil é uma droga que a Fórmula-1 não se cansa". Frase dúbia... dá prazer? faz mal? São dúvidas que a reportagem deixa no ar.

- Como dito aqui, a tentativa do "Red Bulletin" é ser bem-humorado, e não é só o Brasil o alvo da mini-revista. Todos os países pelo qual a Fórmula-1 passa tem seus defeitos amplificados pela equipe da Red Bull.

- Como todos os lugares do mundo tem predicados e também problemas não podemos agora pensar que o Brasil é diferente apenas pelo fato de estarmos vivendo um bom momento. Fiz questão de começar o texto de forma otimista para os brasileiros, mas nossos problemas ainda são sérios demais e os gringos sabem disso. Durante anos esses problemas foram citados nos quatro cantos do planeta e hoje serão usados como estereótipo de um país que luta para sair da posição que se encontra para circular entre os grandes. E mais que isso... para incomodar os grandes, que custarão a aceitar essa "nova" realidade.

- Logo, é importante que se diga àqueles que criticam a publicação. O "Red Bulletin" é assim mesmo, toca na ferida procurando sempre falar a verdade e amplificá-la para não perder a piada. Se dermos motivos para que façam isso paciência... e nós ainda damos motivos para muitas e muitas críticas acerca de nosso país. Façamos festas para nossas conquistas... mas devemos enxergar nossos erros.

GT3 e 4 no Brasil

GT3 agora e GT Brasil e conta com o GT4, que salva a lavoura de muita gente...



- Não poderia deixar passar em branco algo interessante que tive a possibilidade de acompanhar de perto esta semana. Na última quarta feira aconteceu a apresentação do novo formato do Itaipava GT Brasil, evento que em 2009 engloba a GT3 e também o Trofeu Maserati, além da Copa Renault Clio.

- O que vimos na última bateria dupla no Rio de Janeiro foi dramático para a principal categoria do evento, que é exatamente a GT-3. Apenas 9 carros compuseram o grid, ofuscando um pouco o brilho das boas corridas que aconteceram no também combalido autódromo carioca. Os carros são caros, a inscrição é cara e a manutenção desses carros também é caríssima.

- Para se ter uma noção, o matogrossense Hoover Orsi, grande novidade do último final de semana, após um tempo fora do automobilismo (algo que não deveria ter acontecido) ficou de fora pois a equipe não tinha um câmbio reserva para substituir o problemático. Em conversa via Twitter com o "Mundo Veloz" ele afirmou que a peça custa 20 mil euros. Difícil. Fora a ausência dos lendários Ford GT.

- Para combater esses problemas a mantenedora da categoria, através de seu representante Antonio Hermann, anunciou a incorporação do GT4, uma forma de baratear custos, aumentar o grid e também utilizar os carros que hoje compõem o Troféu Maserati, categoria que acaba no próximo ano devido ao final do contrato com a empresa, mas que na prática acaba se fundindo ao novo certame.

- O campeonato tem vários carros homologados. Além dos Maserati já existentes em solo brasileiro, mesma situação dos Porsche 996, há possibilidade de vermos em pistas brasileiras carros como Ford Mustang, BMW Z4, Corvette C6, Aston Martin N24, Ginetta G50, Opel GT, Lotus Exige e até mesmo Nissan 350Z. Carros de preparação mais barata pois são mais próximos do que aqueles que vemos nas ruas.

- Mais novidade. Com o propósito de tornar as corridas mais atrativas para o público que vai ao autódromo, GT3 e GT4 largam juntas, cada qual com o seu vencedor e demais pontuadores. Além disso, o campeonato brasileiro de Superbike (sim, motos!!!), fará parte do evento, o que por sinal torna mais cuidadoso o processo de escolha das pistas pelo qual o evento passará. A volta das Mil Milhas como evento extra-campeonato também foi anunciada, com os organizadores certos de que os carros que correm o campeonato também participem da tradicional prova.

- Além da grande torcida do "Mundo Veloz" para que tudo dê muito certo, esteja certo você amigo leitor que estaremos mais uma vez prestando atenção ao que acontece. A promessa de internacionalização e elitização das Mil Milhas não foi cumprida, o crescimento da GT-3 não aconteceu, e os dois eventos são organizados pela SRO Latin America. Não me esqueço que o automobilismo nacional foi atingido em cheio pela crise econômica mundial, que por sinal já está de saída, mas alguns problemas surgiram antes mesmo da passagem da mesma.

- Em contrapartida, pilotos que hoje disputam um torneio como o Trofeu Maserati não podem ficar sem o certame, afinal de contas eles fazem parte de um time de pilotos dos mais fiéis do Brasil. Os carros também não podem ser colocados de lado, a idéia de juntá-los à GT4 (por já serem homologados, que fique bem claro) é ótima. Acredito que de início veremos mais os carros que já estão no Brasil, como os Porsches também, mas se pintar por aqui algum Nissan ou Aston Martin vale ainda mais o ingresso. Mais que isso, agora esses carros podem aparecer em TV aberta, com a transmissão na Record News, confirmada para 2010.

- Com o evento ganhando visibilidade e força, a possibilidade de se aumentar o grid da GT3 passa a existir também, apesar de ser uma alternativa um pouco mais cara. A primeira vista, as medidas que foram anunciadas parecem desculpas para se disfarçar um grid mais cheio, mas na verdade não é isso, é o Marketing sendo usado de forma bem positiva. Que tudo dê certo para o GT Brasil e seus agregados em 2010, o Brasil merece.

10/09/2009

Raikkonen em dúvida

O destino de Raikkonen parece ser a McLaren, parece...


- A ida de Raikkonen para a McLaren é praticamente certa, isso é verdade, em especial após a ida de Fernando Alonso para a Ferrari, que o deixou a pé. Pois bem, mas o espírito diferenciado campeão mundial de 2007 parece trazer alguns problema spara essa negociação.

- Detalhes acerca da elaboração do contrato estão travando o acordo. O site português Autosport diz que ele quer participar de provas de Rali durante o inverno, afinal não é segredo de ninguém que esse será seu caminho após o fim de sua carreira na Fórmula-1. A McLaren, porém, quer liberá-lo para apenas 3 provas por ano. Muito menos do que o que ele espera e até menos do que ele disputaria como piloto da Ferrari.

- A McLaren é uma equipe precavida com este tipo de assunto. Em 2006 o colombiano Juan Pablo Montoya ficou algumas provas de fora após um acidente de Motocross e a equipe teve de lançar mão do piloto reserva Pedro de La Rosa.

- Além disso, a McLaren quer uma participação mais efetiva do piloto em ações promocionais. Outro problema para o recluso piloto. Ele não gosta dessa badalação da Fórmula-1, é o tipo de piloto que gosta de sentar em um carro que possa lhe dar chances de brigar pelo campeonato, acelerar e pronto. Se pudesse, após cada corrida iria para casa e jamais daria entrevistas.

- É um rapaz que, sim, gosta de festas, gosta de se divertir e dar risada, mas não em público. E muito menos por obrigação. Esse será um problema.

- Caso consiga fechar o acordo nas condições que pede, o finlandês terá problemas. Hamilton faz o que o time pede, a hora que pede e não gera esse tipo de problemas. É o querido do time e além de tudo Raikkonen saiu da equipe com leves problemas. E admitiu que se divertia quando pilotava para a Ferrari.

- Definitivamente não parece a situação ideal para Raikkonen. Esse retorno para a McLaren não me parece nem um pouco interessante. Isso diminuirá ainda mais o seu prazer na categoria... seus dias estão contados.

10/05/2009

Ele está voltando

Felipe Massa chega à Maranello, conversa com Ferrari, testa simulador e pode ir para a pista esta semana...

- 72 dias após sofrer o pior acidente de sua carreira, quando uma mola se soltou do carro de Barrichello e voou contra sua cabeça, o brasileiro Felipe Massa está de volta à Maranello (via Portal MSN). É o segundo passo dado em direção à sua volta à Fórmula-1 (o primeiro passo foi o teste de kart em dois dias na Granja Viana semana passada). O cronograma é simples: Felipe já vai para o simulador do time e, caso sinta-se bem, já guia a versão 2007 do carro da Ferrari, com o qual conquistou a quarta posição no mundial, com pneus adaptados da GP-2, afinal de contas caso os atuais pneus sejam usados pode-se caracterizar um teste, o que é proibido em meio à temporada.

- Tanto Felipe Massa, que afirma estar de volta à sua segunda casa, quanto Stefano Domenicalli, que chamou até o presidente Luca di Montezemolo para cumprimentá-lo, estão eufóricos. Tudo isso porque há a pequena possibilidade de Felipe correr já no Grande Prêmio do Brasil e a grande possibilidade de participar da prova de Abu-Dhabi, que encerra o campeonato. A decisão será dos médicos da FIA.


- É um passo importante na briga contra seu novo companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, recém contratado pelo time. Massa precisa não só voltar logo para se recuperar do trauma do acidente, como também precisa recuperar o tempo de pista perdido com sua ausência. É como gostam de dizer os jogadores de futebol que se contundem e ficam "fora de ritmo".

- Caso só participe de uma corrida no ano que vem, o brasileiro sai em desvantagem contra Alonso, com tempo de pista e sem ter ficado parado uma prova sequer. Nos testes de pré-temporada, por exemplo, apenas um carro pode ir à pista por vez, e não consigo crer que a Ferrari daria algum privilégio à Felipe após ter contratado o espanhol a peso de ouro.

- Mais que isso. Não há lugar melhor para voltar do que o Grande Prêmio do Brasil, não só por ser sua prova caseira, mas também por ter sido o palco da principal disputa de sua vida até aqui. Seria como ter saído derrotado das pistas no ano passado, mas ao mesmo tempo vencer o drama de seu acidente no mesmo palco.

- Ruim é mesmo a situação de Giancarlo Fisichella. O italiano vinha bem na Force India, passou para a Ferrari, uma equipe para qual sempre sonhou pilotar e agora não consegue resultados. Pior, a volta de Felipe significa que a última prova de sua carreira foi mesmo o Grande Prêmio do Japão no último domingo. Sem uma despedida digna, sequer. Sem homenagens. Ano que vem ele será piloto de testes da Ferrari e provavelmente não disputará mais provas como titular por nenhuma equipe.

Off:

- E aqui fica uma pergunta: No ano passado, quando Massa disputava o título com Lewis Hamilton, muitas pessoas levaram o autódromo algumas faixas com os dizeres: "Rubinho, bate no Hamilton". Era uma campanha para que o piloto, que estava em baixa, tirasse o inglês da pista para que Massa fosse campeão. E agora? A situação vai se inverter? Ou será que já tem gente pensando em chamar Nelsinho Piquet de volta?

Concurso Cultural: "Você na Fórmula-1"

Aproveite as grandes chances que, cada vez mais, estão surgindo e vá ao Grande Prêmio do Brasil...


- Se você mora em São Paulo, tem Facebook e quer asistir o Grande Prêmio do Brasil no melhor setor do autódromo e com direito à acompanhante então participe do "Concurso Cultural" na página "Jeito Speedy".

- O ganhador levará credencial para os três dias do evento e poderá assistir treinos livres, classificatório e corrida, com direito à traslado e um Buffet exclusivo. Se você quer participar acesse o link http://migre.me/7Iwv, torne-se fã da página "Jeito Speedy" e finalize uma das três histórias publicadas no post do concurso. As histórias foram escritas por três blogueiros especializados. É simples.

- O Grande Prêmio do Brasil acontece nos próximos dias 16, 17 e 18 de outubro no autódromo de Interlagos em São Paulo.